Não é segredo para ninguém que a pandemia mudou nossa forma de enxergar as relações de trabalho e o nosso cuidado com a saúde. Descobrimos novas possibilidades de trabalho, como o home office, mas também enfrentamos o agravamento da saúde emocional da população decorrente do isolamento, o medo de adoecer e os problemas de ordem financeira. Segundo a pesquisa Wellbeing Diagnostic 2021, realizada mundialmente pela Willis Towers Watson, no Brasil, 65% e 88% das empresas participantes acreditam que, no período, a produtividade e o bem-estar dos empregados, respectivamente, foram afetados de forma negativa.
A pandemia deixou mais evidente que fatores de risco como obesidade, sedentarismo e hábitos nocivos, como tabagismo, tornam nossa saúde mais vulnerável, o que pode ser decisivo ao se infectar com uma doença como a causada pelo coronavírus, por exemplo.
Auxiliar a força de trabalho para que ela esteja com a saúde e o equilíbrio dos demais pilares de bem-estar será um dos principais desafios das empresas na retomada econômica pós-pandemia, principalmente com os novos modelos de trabalho, que proporcionam mais flexibilidade para os profissionais. Com a participação de 186 empresas que responderam à pesquisa, responsáveis por 2,8 milhões de funcionários, foi possível concluir que, para os próximos três anos, o bem-estar físico (90%) e emocional (97%) são as principais prioridades para as empresas na área de gestão de pessoas. Dentre as participantes, 98% delas querem ter sua estratégia formalmente implementada e 78% acreditam que o bem-estar dos empregados é primordial.
As empresas acreditam na estratégia de bem-estar como um diferencial competitivo
Dessa forma, prezar pelo bem-estar do seu colaborador é fator fundamental para as empresas hoje, mesmo com desafios de custo e mensuração de resultados. Está claro que o bem-estar se relaciona diretamente com a produtividade do ambiente corporativo. Nos últimos seis anos, segundo o levantamento da Willis Towers Watson, os empregadores intensificaram medidas para melhorar a experiência do empregado, modificando o ambiente de trabalho, oferecendo treinamento e fornecendo apoio familiar.
A conscientização das pessoas quanto à necessidade de adoção de hábitos mais saudáveis, para fortalecer seu sistema imunológico e sua saúde mental, e a preocupação das organizações na definição da estratégia para oferecer um espaço de trabalho mais harmônico aos colaboradores são pontos favoráveis na mudança de comportamento. Devemos unir estes movimentos para aumentar o engajamento das pessoas nessas ações.
Criar uma dinâmica corporativa mais assertiva para as empresas que realmente focam no bem-estar se tornou essencial. Apesar disso, atualmente, apenas 39% das empresas entrevistadas oferecem atividades para melhoria com esse foco e somente 19% articulam a adoção de estratégia de satisfação do colaborador com objetivos e metas mensuráveis.
Agora que estamos nos movimentando para a retomada das atividades econômicas, é preciso enxergar as oportunidades que serão e já estão sendo geradas com o enfraquecimento e futuro fim da pandemia. A vida corporativa está em constante mudança e é preciso acompanhar os anseios e as necessidades dos novos tempos.