Em um mundo cada vez mais globalizado e conectado, o impacto que um único evento ou mudança na política pode ter em uma organização pode ser ampliado por meio de uma rede complexa de riscos. Diante disso, compreender como gerenciar essas ameaças se torna essencial para o sucesso dos negócios.
A instabilidade geopolítica trazida pela crise da COVID-19 e pela guerra na Ucrânia, bem como as características dos seguros para riscos políticos, foi tema de um debate que ocorreu no último dia 16, durante o XIV Seminário de Gestão de Riscos e Seguros da Expo ABGR, maior evento de gerenciamento de riscos da América Latina.
Presente no evento, a Head de Riscos Políticos da WTW, Laura Burns, explicou que o seguro para esse tipo de risco é uma importante ferramenta para preservar o equilíbrio financeiro das companhias e pode cobrir danos decorrentes da violência política, que inclui protestos, greves e guerras, até riscos de crédito. “A América Latina é vista como um foco para cobertura destes riscos. As empresas daqui estão se expandindo e por isso passam a precisar cada vez mais deste suporte”, afirma.
O seguro de risco político auxilia fornecendo cobertura de custo de reposição para os ativos físicos danificados, bem como despesas de interrupção de negócios”, explica. Em um cenário em que não ocorrem danos físicos, mas existe uma situação de segurança perigosa, os investidores podem também procurar proteger o valor dos ativos ou operações que foram forçados a ser abandonados.
A especialista lembra que o seguro contra riscos políticos é recomendado para todos os tipos e tamanhos de empresas, mas é direcionado em especial para multinacionais, setor financeiro e exportadoras. “As apólices são customizadas de acordo com a necessidade de cada cliente. Por esse motivo, a interação com o especialista em gerenciamento de risco se faz essencial para chegarmos na solução ideal que vai proteger a empresa de forma eficaz”, explica.