7 passos para medir o programa de saúde mental da sua organização

Assim como a maioria das organizações, provavelmente a sua pode ter estabelecido soluções ou programas de saúde mental para melhor apoiar o bem-estar psicológico dos empregados. Medir a eficácia desses programas pode ser um desafio. No entanto, você precisa fazê-lo para determinar se eles estão atingindo as metas pretendidas, demonstrar sua eficácia e identificar áreas de melhoria.

Os diagnósticos de saúde mental variam entre as populações, e definir resultados “bons” não é tão simples, podendo complicar ainda mais a medição da eficácia do programa. É comum identificar fontes de informação que servem como um substituto para “boa saúde mental” e fazer suposições sobre se os programas estão atingindo as metas.

Métricas críticas

Uma métrica crítica para programas de saúde mental é o engajamento: quantos colaboradores estão usando o programa e com que frequência estão interagindo com ele? O envolvimento significativo e sustentado gera resultados positivos com base no tratamento ou cuidado prestado. Para benefícios que não sejam médicos e farmacêuticos, 77% das organizações relatam que o envolvimento significativo é o fator mais importante na seleção de um fornecedor.

Retorno do investimento: a métrica certa?

Os fornecedores geralmente se concentram no retorno financeiro do investimento (ROI) para avaliar o sucesso do programa. Mas as medições de ROI exigem análises sofisticadas e um número significativo de indivíduos engajados, tornando-o menos acessível e confiável para a maioria das organizações.

De acordo com a pesquisa global 2022 Vendor Strategy Survey de 2022 da WTW, 61% das empresas indicam que priorizam as necessidades e a inovação dos funcionários em vez do ROI.

Programas que entregam resultados são vitais, e 41% das organizações relatam que um dos principais desafios com os fornecedores são os relatórios inadequados ou a falta de medição de resultados para avaliar o valor. Com o ROI não sendo mais o único indicador de sucesso do programa, as organizações estão usando cada vez mais o valor do investimento (VOI) de um programa de saúde mental para medir o investimento e o sucesso.

Valor do investimento

Avaliar o valor dos programas de saúde mental inclui medição de desempenho, que significa monitorar e relatar as ações usando métricas pré-selecionadas, como engajamento, taxas de utilização e tempo médio até a nomeação.

A medição de desempenho permite que você avalie se seu programa ou fornecedor está operando conforme o esperado. O processo de avaliação do programa mede se ele está melhorando a saúde mental e seus resultados de saúde. A medição do desempenho é o “o quê” e a avaliação do programa é o “como”. Juntos, eles representam o valor do seu programa de saúde mental.

Determinar o sucesso dessas iniciativas requer várias fontes de dados. Contamos com os sintomas relatados pelo paciente por meio de avaliações de triagem, dados do sinistro do plano de saúde e de medicamentos prescritos, mudança de risco à saúde e dados do local de trabalho, como absenteísmo ou incapacidade de curto prazo relacionada à saúde mental.

Embora um data warehouse possa integrar várias fontes de dados e simplificar o processo de coleta, muitas organizações não têm essas ferramentas prontamente disponíveis ou até mesmo têm fontes de dados adicionais que ficam fora do seu acompanhamento. Isso cria outra barreira para demonstrar o valor do programa. As organizações devem examinar vários relatórios de fornecedores para encontrar as taxas de engajamento, pontuações de avaliação clínica, satisfação do funcionário, padrões de referência e análise de cuidados de acompanhamento.

Criando uma estratégia de medição

Avaliar o valor de sua estratégia de saúde mental requer uma abordagem multidimensional. Aqui estão os componentes de uma forte estratégia de medição de saúde mental:

1. Faça um inventário de seus dados atuais de saúde mental. Os dados estão disponíveis no plano de saúde, no programa de saúde mental, com os médicos dos ambulatórios de empresa, na base do benefício farmácia, nos medicamentos prescritos e nos afastamentos previdenciários por invalidez. Determine se há segmentos específicos de sua população que devem ser revisados, com base na estratégia e nos recursos do programa.

   Por exemplo, existem recursos disponíveis em um local específico que não estão acessíveis em outros? No mundo de hoje, somos inundados por dados, “emendas” e “fatias” que nos mostram detalhes granulares sobre os funcionários, mas será que tudo isso é útil?

2. Aproveite as ferramentas de avaliação de resultados de terceiros. Use ferramentas de avaliação clinicamente validadas e administradas em intervalos regulares para avaliar resultados adicionais. Medir a redução dos sintomas de saúde mental e melhorias no bem-estar geral.
3. Realizar pesquisas de funcionários. Pesquisas com funcionários ou outros tipos de escuta podem fornecer informações importantes sobre suas percepções, sobre seu bem-estar emocional e os programas disponíveis para eles. As pesquisas podem incluir perguntas sobre níveis de estresse, satisfação no trabalho, esgotamento, flexibilidade no trabalho, moral e cultura.
4. Revise os dados da força de trabalho. Analise indicadores como absenteísmo, produtividade e rotatividade para ajudar a avaliar o bem-estar emocional. Taxas altas podem ser indicadores de que você deve observar a cultura, o ambiente de trabalho ou os programas para apoiar as necessidades de saúde mental.

5. Estabeleça um cronograma realista. Certifique-se de que seus cronogramas estejam claros e que você esteja acompanhando com base em quando os programas ou mudanças foram implementados. Estabeleça métricas que possam ser medidas de forma viável a curto ou médio prazo e considere quais exigirão um programa mais maduro para revelar resultados.

   Para novos parceiros fornecedores, isso pode estar alinhado com o início do calendário ou ano fiscal, mas é importante rastrear novas intervenções e programas nas soluções do fornecedor, bem como aqueles que estão dentro de sua organização. Os cronogramas são importantes para determinar os dados pré e pós-implementação e rastrear diferenças mensuráveis e impactantes.

6. Defina expectativas claras com os fornecedores. Estabeleça medição clara, rastreamento de resultados e acordos de nível de serviço (SLAs) com fornecedores novos e existentes. É sempre mais fácil definir expectativas claras sobre métricas e dados operacionais e clínicos importantes para rastrear a melhoria e a satisfação antes de um programa ser lançado.

   À medida que forem encontradas novas informações que possam ser úteis, realize reuniões regulares ou revisões trimestrais de negócios para solicitar relatórios atualizados ou novos dados. Se apropriado, vincule o desempenho a métricas críticas por meio de garantias.

7. Documente sua estratégia de medição. Certifique-se de registrar seu processo de estratégia de medição em detalhes para que possa ser replicado ao longo do tempo. Documente as métricas, as medidas de processo e a metodologia usada para analisar os dados e crie uma cadência regular de avaliação. Não se esqueça de revisar sua estratégia de medição quando seu programa mudar para garantir que ele permaneça alinhado e pertinente.

Avaliar ou medir a saúde mental dos empregados pode ser um processo complexo que requer uma compreensão cuidadosa de uma variedade de fatores. Avalie regularmente o programa para garantir que ele atenda às necessidades dos funcionários e atinja as metas do programa. Uma abordagem multidimensional aponta para áreas onde são necessárias melhorias ou aprimoramentos específicos para aperfeiçoar o suporte à saúde mental e ao bem-estar geral dos empregados.

Trinta por cento das organizações planejam se concentrar em uma solução que envolva um fornecedor/parceiro voltado para melhorar a saúde mental em 2024. Como você medirá seu programa?