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Uma pitada de felicidade: o caminho para o sucesso e a satisfação pessoal

Por Walderez Fogarolli | Novembro 7, 2023

Neste artigo, exploramos como a felicidade impulsiona o sucesso e como aplicá-la no mundo corporativo, promovendo ambientes mais saudáveis e produtivos.
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Desde a infância, somos ensinados por nossos pais e escolas que a felicidade está intrinsecamente ligada ao sucesso. A narrativa estabelecida é que devemos nos esforçar incansavelmente para alcançar o sucesso e, depois, finalmente, sermos felizes. No entanto, essa abordagem frequentemente nos deixa insatisfeitos. Ao atingir uma meta, experimentamos uma felicidade efêmera e, em seguida, imediatamente nos lançamos em busca de algo ainda maior, perpetuando um ciclo interminável de insatisfação.

Contudo, estudos em psicologia positiva e neurociência revelam uma verdade contrária: a felicidade, na realidade, conduz ao sucesso em praticamente todos os aspectos de nossas vidas, como saúde, carreira, amizades, sociabilidade, criatividade e energia, entre outros. Agora, que a ciência validou esse conceito, surge a pergunta inevitável: o que podemos fazer para alcançar a felicidade?

Primeiro, é fundamental entender o que é a felicidade. É um sentimento intrínseco, uma maneira única de nos sentirmos em relação à nossa vida, altamente pessoal e subjetiva. Os cientistas definem a felicidade como uma experiência de emoções positivas que combina o prazer com um senso de significado e propósito. Martin Seligman, pioneiro da psicologia positiva, propôs três componentes-chave da felicidade: prazer, envolvimento e senso de propósito.

Pesquisas também demonstram que nossos pensamentos desempenham um papel fundamental na influência de nossas emoções e em nosso bem-estar físico. Emoções positivas inundam nosso cérebro com substâncias químicas como dopamina e serotonina, que não apenas nos fazem sentir bem, mas também estimulam áreas do cérebro relacionadas ao aprendizado, à criatividade e à inovação. Não é por acaso que empresas inovadoras mantêm ambientes de trabalho projetados para promover emoções positivas, com características como mesas de pebolim, permissão para trazer animais de estimação para o trabalho, pausas para caminhadas ao ar livre durante o expediente e pequenos estímulos diários para criar uma sensação de prazer.

Portanto, a felicidade, em grande parte, depende de nós mesmos e de nossos esforços para incorporar práticas que melhorem nosso estado de espírito. Embora as preferências variem de pessoa para pessoa, existem algumas práticas que, comprovadamente, ajudam a elevar nosso estado de espírito:

Meditação: estimula o crescimento do córtex pré-frontal esquerdo, associado à felicidade.

Antecipação de momentos felizes: aguardar com expectativa algo simples, como chegar em casa e assistir a um filme.

Atos de bondade conscientes: demonstrou-se reduzir o estresse.

Exercícios físicos: liberação de endorfinas, responsáveis pela sensação de prazer e melhoria do humor.

Gastar dinheiro em experiências, não em coisas: como jantar com amigos, viagens ou shows.

Desenvolver pontos fortes pessoais: o exercício de habilidades fortalece a sensação de felicidade.

Promover positividade em seu ambiente: cultivar o otimismo e disseminar alegria.

Integrar uma ou mais dessas práticas em nossa vida cotidiana pode resultar em uma positividade ampliada.

Mas como aplicar esse conceito no mundo corporativo? Empresas são constituídas por pessoas, e semear o conceito de felicidade no ambiente de trabalho pode gerar resultados notáveis. A conexão entre felicidade corporativa e sucesso é mais eficaz quando incluímos alguns elementos-chave:

Cultura organizacional sustentável: empresas devem não apenas ser as melhores do mundo, mas as melhores para o planeta. Isso implica alinhar o conceito de felicidade corporativa com a sustentabilidade, considerando o impacto ambiental. Algumas empresas já integram programas de felicidade com diretrizes ESG (Ambiental, Social e Governança) e ODS (Objetivos de Desenvolvimento Sustentável das Nações Unidas), focando na sustentabilidade individual e ambiental.

Valores organizacionais alinhados com um ambiente corporativo feliz: isso inclui liberdade de expressão, transparência e inclusão.

Liderança servidora: líderes desempenham um papel crucial na criação de um ambiente positivo para os colaboradores. Eles devem liderar pelo exemplo, promovendo uma comunicação positiva, cordialidade, entusiasmo, gratidão, empatia, disponibilidade, justiça, coaching, valorização, elogios e comemorações.

Salário emocional: além da remuneração financeira, empresas devem oferecer benefícios que gerem sentimentos positivos, como flexibilidade, oportunidades de carreira, desenvolvimento profissional, autonomia e inclusão.

É importante ressaltar a distinção entre satisfação e felicidade. A satisfação reflete o que pensamos, enquanto a felicidade se relaciona com o que sentimos.

Portanto, ao compreendermos a ligação entre a felicidade pessoal e o sucesso, bem como sua aplicação no ambiente corporativo, podemos cultivar uma cultura mais saudável e produtiva, beneficiando tanto indivíduos quanto organizações. A busca pela felicidade não é apenas um capricho, mas uma abordagem inteligente que leva a resultados mais satisfatórios em todas as áreas de nossas vidas. Vamos explorar ainda mais esse fascinante tema.

Autora


Diretora de gestão de saúde da WTW
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