O bem-estar financeiro, como parte dos pilares de benefícios corporativos, se destaca em um cenário de recentes crises e instabilidades. Um estudo da Fundação Getúlio Vargas mostra que a pandemia, por exemplo, prejudicou as finanças da população, provocando uma queda de 20% na renda individual do trabalho do brasileiro. Com a insegurança nas contas, as pessoas passam a valorizar ainda mais estruturas que forneçam estabilidade e segurança. Assim, empresas precisam estar atentas às novas necessidades para gerar valor no programa de benefícios, incluindo a previdência privada como um dos principais diferenciais.
Afinal, essas necessidades servem como bússola para estratégias mais eficientes de gestão de pessoas, especialmente quando o cuidado com o bem-estar integrado, ou seja, físico, emocional, financeiro e social se torna fator-chave para o negócio. Em uma breve retrospectiva, benefícios de saúde e previdência são mais importantes como ferramentas de atração e retenção, atualmente, do que eram há cinco anos. O dado é da pesquisa Global Benefits Atittude 2022 realizada pela WTW.
Então, vamos entender como a previdência privada empresarial funciona e quais as vantagens de incluí-la no seu programa de benefícios?
A previdência privada é um veículo para acumulação de recursos e recebimento de benefício de aposentadoria que não é administrado pelo INSS (Instituto Nacional do Seguro Social), mas que pode complementar a renda concedida pelo governo. Também denominada de previdência complementar, pode ser administrada por Entidades Abertas ou Fechadas de Previdência Complementar.
Na ‘previdência aberta’, administrada em geral pelas seguradoras e disponibilizada por diversas instituições (bancos e corretoras de investimentos, por exemplo), o produto funciona como uma aplicação financeira e pode ser feita tanto por pessoas quanto por empresas.
No âmbito individual, podemos notar um aumento nas aplicações em previdência privada: o crescimento foi de 11% em 2022, registrando o maior montante em seis anos, o que aponta uma maior preocupação com planejamento financeiro por parte das pessoas. Nas organizações, os esforços em benefício estão priorizando esse pilar do bem-estar, com 45% das empresas respondendo que o “bem-estar financeiro/finanças a curto prazo” é o foco para fortalecer a posição na categoria benefício no mercado.
A previdência privada ‘aberta’ costuma oferecer dois tipos de planos: o VGBL (Vida Gerador de Benefícios Livres) e o PGBL (Plano Gerador de Benefícios Livres). No primeiro, o desconto do imposto de renda acontece em relação somente ao rendimento da aplicação, no momento do resgate. Já no segundo, o desconto do imposto de renda recai sobre todo o valor acumulado, também pago no momento do resgate. O plano VGBL corresponde a 90% dos aportes brutos de 2022, segundo dados da Federação Nacional de Previdência Privada e Vida.
Partindo disso, empresas podem optar por oferecer a previdência privada participando ou não das contribuições. No chamado Plano Averbado, o colaborador é o único responsável pelas contribuições, com acesso a diversas opções de investimento, tendo o valor do aporte descontado do salário. Quando a empresa participa das contribuições, há o Plano Instituído, no qual a organização investe um percentual do valor de contribuição do colaborador.
A empresa pode definir este percentual conforme sua política de retenção de talentos e realidade financeira, além de também estabelecer quanto do valor investido pela empresa, o profissional terá acesso em caso de demissão. São chamadas de regras de match e vesting, respectivamente.
Além dos planos do tipo PGBL e VGBL mencionados, também é possível que empresas ofereçam o benefício por meio de fundos de pensão, modalidade conhecida como ‘previdência fechada’, que consiste em planos criados especificamente para uma empresa (planos patrocinados) ou para uma categoria de profissionais ou associações (planos instituídos). Outra particularidade é que, neste caso, a previdência é oferecida por instituições sem fins lucrativos por meio de planos coletivos, no qual o colaborador e a empresa podem contribuir para a acumulação do benefício. Quando o profissional se aposenta, recebe as parcelas mensais referentes ao benefício. Em caso de desligamento, pode-se realizar o resgate de suas contribuições e muitas vezes parte do que foi investido pela empresa em acordo com as regras estabelecidas para seu plano.
Nos fundos de pensão, a principal vantagem é que, por serem oferecidos por instituições que não operam visando o lucro, as taxas de administração e gestão podem ser mais interessantes em relação às seguradoras. A ‘previdência fechada’ também permite que a empresa tenha participação na governança do Fundo de Pensão, a depender do seu porte e interesse.
Agora que você já entendeu sobre as formas de oferecer previdência privada aos colaboradores, vamos conhecer as principais vantagens de disponibilizar este tipo de benefício.
Já é sabido que quanto mais relevante for a proposta de valor, o que contempla o pacote de benefícios oferecido, mais chances de profissionais aceitarem a oferta de emprego e de permanecerem na empresa, atuando com engajamento e compromisso. Portanto, incluir a previdência privada no programa de benefícios da sua empresa significa estar em linha com as demandas atuais e se diferenciar na forma de atrair e reter talento. Do ponto de vista fiscal, as organizações ainda se beneficiam com a dedução no Imposto de Renda. Para os colaboradores, contar com a previdência privada como benefício corporativo representa uma maior segurança para as finanças a longo prazo, contribuindo para o bem-estar financeiro e melhor performance profissional.
Se a sua empresa pretende apoiar a vida financeira dos colaboradores, conte com a experiência da WTW! Reconhecida no mercado por traçar estratégias de gestão de benefícios corporativos aliados ao bem-estar, tem especial know-how em previdência complementar, além de aplicar tecnologia e dados que aprimoram a tomada de decisões para o negócio e para as pessoas.