Implementar programas de bem-estar nas empresas é, por si só, um desafio. Quando parte de um olhar estratégico, exige mapear necessidades, avaliar custos, comunicar valor e gerenciar as iniciativas, além de acompanhar de perto os efeitos e mensurar os resultados. Este passo, em específico, pode parecer o “fim” do processo, mas, na verdade, é justamente o que permite que as ações evoluam.
Em um cenário em que dados ganham protagonismo na tomada de decisões e embasam estratégias e ajustes de rota, reina o ditado “o que não pode ser medido, não pode ser gerenciado”, do estatístico William Edwards Deming. Por isso, vamos falar sobre 4 indicadores de bem-estar corporativo que merecem estar nas análises da sua empresa e impulsionar o impacto positivo que esse tipo de programa bem estruturado pode trazer para as pessoas e para a organização.
Compreender o bem-estar corporativo com a visão 360º, trazendo a pessoa antes do profissional, também impacta diretamente na forma como os programas de bem-estar serão avaliados. É neste caminho que vamos abordar os indicadores.
Você já deve ter ouvido falar de ROI, não é mesmo? O retorno sobre o investimento é uma das métricas preferidas de gestores, mas existe outra que pode ser composta pelo ROI e outros índices, e se chama VOI. O VOI é o “valor sobre o investimento”, o qual contempla o retorno financeiro somado aos dados que envolvem:
Bom, deu para notar que o VOI está em linha com a visão de bem-estar integrado, pois avalia também a qualidade das relações entre líderes e liderados, a percepção da marca empregadora, entre outros resultados que podem ser mais qualitativos do que quantitativos. Tê-lo como ponto de partida será fundamental para pensar as demais análises que devem ser feitas.
Nesta linha de mensuração holística, existe também o ESI, ou Employer Satisfaction Index. Aqui, o foco principal é avaliar a percepção dos colaboradores sobre a percepção de felicidade e satisfação com o trabalho. É um dos indicadores que podem compor a análise de clima organizacional e, portanto, o VOI.
Faça pesquisas periódicas com as pessoas para investigar se o ambiente de trabalho atende às expectativas, se a oferta de benefícios de saúde e bem-estar acompanham as demandas, se a liderança oferece apoio, orientação e oportunidades de desenvolvimento. Para facilitar a mensuração, permita que as respostas sejam dadas em escalas, por exemplo de 0 a 5. É possível explorar uma série de perguntas que dão abertura para insights valiosos para a gestão de pessoas!
Como citamos acima, o absenteísmo também é uma métrica importante para compor o VOI. Com uma taxa de absenteísmo alta, é provável que haja falta de engajamento dos colaboradores e, portanto, uma tendência à baixa percepção de bem-estar na empresa. Aproveite também para cruzar este dado com a sinistralidade, abertura de ocorrências no plano de saúde, para entender se existe algum problema relacionado à saúde física dos profissionais.
Por fim, mas não menos importante, temos o turnover como um indicador para acompanhar a efetividade dos programas de bem-estar na retenção de colaboradores. Com a escassez de talentos em alta, esse índice se torna ainda mais relevante! Por isso, meça a taxa de rotatividade de profissionais e busque entender as principais razões, caso esteja alta. Será que os esforços para promover um ambiente, ou melhor, uma experiência positiva no trabalho, estão sendo suficientes ou bem direcionados?
Com o papel cada vez mais estratégico da área de Gestão de Pessoas, é fundamental que haja planejamento e acompanhamento das iniciativas, e sem indicadores e métricas, conhecer a efetividade e relevância das ações na empresa se torna inviável. Aposte na coleta e na avaliação destes indicadores para garantir o sucesso da sua estratégia e conte com a WTW para atuar com inteligência de dados para fortalecer os programas de bem-estar da sua organização.