Por que conselhos de administração e diretores estão priorizando o bem-estar dos empregados?

Entender a conexão entre o bem-estar e o desempenho dos empregados

A pesquisa da WTW destaca o impacto do bem-estar dos empregados na retenção de talentos, produtividade e desempenho financeiro. Colaboradores em culturas de alto bem-estar têm o dobro de probabilidade de expressar a intenção de permanecer com seu empregador pelos próximos dois anos, em comparação com culturas de baixo bem-estar. Além disso, o engajamento total é oito vezes maior em ambientes que promovem um forte senso de bem-estar. Conselhos e líderes eficazes estão cada vez mais atentos a esses dados, medindo e analisando o bem-estar e seu efeito no desempenho organizacional.

Articular a materialidade do capital humano e bem-estar

Conselhos e líderes seniores reconhecem a materialidade do capital humano e do bem-estar em várias dimensões de impacto financeiro e operacional. Eles relatam efeitos em áreas como a cadeia de suprimentos (por exemplo, tempo necessário para preencher pedidos), custo de produtividade (ausência e tempo de folga), custos de substituição (despesas com recrutamento), impacto na reputação (percepção da marca e cortesia), impacto ESG (conformidade com normas de governança) e criação ou erosão de valor (ganhos por funcionário).

Essas métricas reforçam a materialidade do bem-estar no desempenho organizacional.

Praticar elementos de governança

Equipes eficazes dedicam tempo para garantir que tópicos essenciais de bem-estar estejam sendo abordados e discutidos.

Esses elementos incluem os seguintes componentes: remuneração e benefícios, desenvolvimento, aposentadoria e experiência.

• A remuneração e os benefícios incluem salário-base, incentivos anuais, incentivos de longo prazo e benefícios de saúde para os funcionários.
• O desenvolvimento abrange planejamento de sucessão, capacitação de líderes, disponibilidade de habilidades, preparação da força de trabalho para o futuro e estratégias de retenção e rotatividade.
• Aposentadoria compreende todos os planos de benefícios e contribuições definidos que acumulam patrimônio, além de outros planos qualificados e não qualificados, como planos de compra de ações de funcionários e planos de benefícios adicionais.
• A experiência do empregado engloba condições reais de trabalho, como o ambiente físico, o remoto ou híbrido, o conteúdo de trabalho, os relacionamentos com colegas, a eficácia gerencial, além de aspectos de inclusão, pertencimento e dignidade.

Medir quatro dimensões do bem-estar

Conselhos eficazes e equipes de gestão sênior medem o bem-estar em quatro dimensões principais:

• Bem-estar físico: refere-se à capacidade dos empregados de prosperar fisicamente, compreendendo e gerenciando sua saúde. Eles tomam medidas preventivas apropriadas para manter ou melhorar sua saúde e lidam efetivamente com condições crônicas. As métricas incluem: porcentagem de empregados cobertos por assistência médica, absenteísmo, presenteísmo, participação em programas de bem-estar, custo total do mal-estar, gestão de cuidados crônicos, produtividade, e saúde e segurança no trabalho.
• Bem-estar emocional: trata-se do equilíbrio emocional dos empregados, sua autoconsciência e desenvolvimento de habilidades positivas de saúde mental, como resiliência, gestão de estresse e enfrentamento de gatilhos emocionais. As métricas incluem: porcentagem de empregados cobertos pela assistência à saúde, uso de folga remunerada, padrões de saúde psicológica, indicadores de estresse e saúde emocional, e treinamento de resiliência.
• Bem-estar financeiro: os empregados têm resiliência financeira e gerenciam compromissos orçamentários pessoais, cumprem metas financeiras, protegem contra riscos e economizam para contingências e necessidades futuras (como prestação de cuidados, faculdade, compra da casa própria ou aposentadoria). As métricas incluem: prontidão para aposentadoria por idade, capacidade de gerenciar eventos financeiros planejados e não planejados, índices de alfabetização financeira, níveis de contribuição do plano de aposentadoria, porcentagem de empregados que vivem abaixo do nível de pobreza e daqueles que possuem segundo (ou terceiro) emprego.
• Bem-estar social: os empregados estão conectados ao trabalho, à família, à comunidade e ao seu propósito individual. Eles entendem como apoiar e colaborar com outras pessoas, bem como aceitar e promover a diversidade e a dignidade. As métricas incluem: padrões de segurança psicológica, métricas de inclusão e diversidade, porcentagem de colaboradores que trabalham remotamente, engajamento, confiança da liderança e dignidade no local de trabalho.

Ao priorizar e adotar uma abordagem multidimensional para o bem-estar, líderes eficazes constroem negócios mais resilientes e sustentáveis que estão posicionados para incertezas futuras.