[LETICIA] Olá, sejam todos bem-vindos a mais um episódio do podcast Saúde e Benefícios.
Eu sou a Letícia Santos, gerente e consultora em benefícios na WTW e hoje temos um tema muito relevante para discutir, sobre os resultados da pesquisa de tendências e benefícios e como isso entra no aspecto do seguro de vida promovendo uma maior segurança financeira para todos.
Para enriquecer essa conversa, estou acompanhada de dois grandes especialistas da WTW.
Temos a honra de receber Telma Nagano, diretora da Seguro de Vida e Produto e Francisco Bruno, diretor da área de saúde e benefícios. Vamos mergulhar nas principais descobertas e entender como essas inovações impactam o bem-estar dos colaboradores.
Olá a todos. Sejam bem-vindos.
[TELMA] Olá. Obrigada, Letícia.
[FRANCISCO] Olá a todos. Obrigado Letícia, pela introdução.
[LETICIA] Olá, obrigada Telma e Franscisco novamente.
Francisco, para começarmos, vamos falar sobre as pesquisas de tendências e benefícios. Quais são as descobertas chave que mais se destacaram nessa edição? E como essas tendências estão mudando as decisões das empresas em relação aos benefícios oferecidos?
[FRANCISCO] Muito bem, Letícia. Obrigado pela pergunta.
Nós temos muito cuidado com aquilo que fazemos em relação às pesquisas aqui na WTW e a nossa principal pesquisa é a pesquisa de tendências, que é feita a cada dois anos.
A mais recente versão foi editada em 2023 buscando entender das empresas quais os principais pontos estratégicos de discussão em relação a benefícios dos anos de 2021, 2022 e 2023, os últimos dois anos para trás da pesquisa e tem muita coisa interessante dentro da pesquisa, muito insight, muito pensamento estratégico e o que eu destacaria como pontos principais, é uma manutenção do desejo das empresas de atrair e reter talentos dentro das suas organizações, né?
Esse é um ponto muito importante porque dependendo do mercado onde a empresa estiver inserida, se for um mercado de alta competitividade, a questão da atração e retenção de talentos, ela fica em um plano absolutamente superior a qualquer outra necessidade estratégica da empresa. E para compor essa estratégia de retenção e atração de pessoas, a gente tem vários componentes, né?
A gente tem o componente da remuneração, a gente tem o componente do ambiente de trabalho, a gente tem o componente do desenvolvimento de carreira e um quarto componente, não menos importante do que os outros, que é o componente do pacote de benefícios, utilizado como atração e retenção de pessoas.
Então desse ponto de vista, a gente tem muitas informações dentro dessa pesquisa que podem nos auxiliar enquanto empresas, enquanto gestores de recursos humanos, a direcionar o nosso pacote de benefícios que esteja em linha com a estratégia de recursos humanos e com a política de negócios da empresa.
[LETICIA] Francisco, dentro de tudo que você trouxe para a gente de descobertas da pesquisa, o que te chamou mais atenção como algo novo?
[FRANCISCO] Algumas coisas me chamaram a atenção, Letícia, como por exemplo, o aparecimento em 2023 do tema de crescimento de custos, principalmente na questão do plano médico. Essa me chamou a atenção porque ele não aparece em 2021.
E ele não aparece em 2021 por conta de que a gente teve lá naquela época, um represamento dos atendimentos eletivos e isso fez com que as empresas não percebessem muito aumentos de custos médicos como perceberam em 2023 depois que isso foi, vamos dizer assim, desreprezado.
Agora, o que me chamou muito a atenção, foi a diferença de percepção que existe entre o que a empresa pensa e o que o empregado pensa em algumas situações do pacote de benefícios.
E aí a WTW cruzou duas pesquisas: a pesquisa de tendências e benefícios que é respondida pela empresa e a empresa de atitudes de benefício que é respondida pelos empregados. São mais de 1000 empregados aqui no Brasil que responderam essa pesquisa.
E quando você começa a examinar os pontos de resposta das empresas e dos empregados, você encontra uma diferença, se bem que não é uma diferença muito expressiva, mas é uma diferença, entre a percepção do empregado sobre os benefícios de riscos e seguros e também benefícios de previdência, enfim, benefícios que têm uma conotação financeira.
O empregado dá muita importância a esses benefícios, nas respostas que eles deram. E não é a mesma coisa do lado da empresa.
A empresa dá mais importância a outros temas de benefícios e deixa um pouquinho de lado essa questão da segurança financeira, que é representada pelos benefícios de risco, pelo seguro, pela previdência e por outras atividades que a empresa possa desenvolver, principalmente naqueles programas de assistência ao empregado em dificuldades financeiras, não é?
Então isso me chamou bastante a atenção e aí eu fiz uma relação disso com o que as empresas eventualmente estejam hoje pensando em relação aos seus programas, principalmente de seguro de vida em grupo.
E aí, eu gostaria imensamente que a Telma nos desse um caminho para que nós possamos entender exatamente como as empresas estão pensando isso, como ela enxerga essas questões de diferença entre percepções de empregado e empresa.
[LETÍCIA] Ótimo, Chico. Muito bom.
Então, direcionando a pergunta para a Telma, qual é a importância do seguro de vida em casos de falecimento, para a empresa? Telma, conta para a gente um pouquinho sobre a sua experiência.
[TELMA] Claro, Letícia.
Eu entendo que as empresas têm um papel fundamental no apoio não só apenas financeiro, mas também social e emocional para a família, em caso de falecimento.
Quando ocorre uma morte de um colaborador, a família recorre imediatamente à empresa buscando apoio e direcionamento naquele exato momento.
Nós temos perfis de empresa dependendo do tipo de atividade, tipo de risco e até quantidade, que o RH acaba se deparando frequentemente com o tema. Então para isso existe toda uma qualificação do RH, normalmente junto com uma consultoria, para que faça esse apoio.
Em contrapartida, nós temos empresas menores que acabam tendo acesso a esse tema uma vez a cada três anos, quatro anos porque o número de funcionários e atividade da empresa não tem um risco tão grande de problemas dentro daquele período. Então esse apoio e esse suporte para a empresa é de extrema importância. O seguro garante a assistência que conduzirá todo o processo burocrático.
Então, quando isso ocorre, o RH tem esse apoio e o acolhimento junto aos familiares. Então para o RH, isso traz uma tranquilidade de que a empresa que acaba sendo a responsável por esse benefício, apoiou o familiar ou às vezes o próprio funcionário nesse momento difícil do colaborador.
[LETICIA] Muito bom, Telma. Agora mudando um pouco o foco, mas o tema é ainda seguro de vida.
Ouvimos falar muito sobre o conceito seguro de vida em vida. Você poderia explicar o que exatamente significa esse termo? Como esse tipo de benefício pode oferecer proteção e apoio ao colaborador, mesmo enquanto ele está vivo?
[TELMA] É verdade, Letícia. O conceito do seguro de vida em vida vai além da indenização de morte.
Então normalmente quando se faz seguro de vida, as pessoas só pensam na indenização por morte, mas hoje a realidade não é essa. Então ele garante coberturas de recebimento em vida. Então, o funcionário tem acesso a algumas coberturas como invalidez, doença grave, diária por incapacidade temporária.
Todas elas garantem a cobertura em vida. Essas coberturas garantem um apoio ao colaborador para um tratamento, para uma adequação de vida em um momento difícil de uma invalidez, por exemplo, onde um funcionário terá custos que não estão previstos no seu orçamento.
Então eu daria ênfase por exemplo à questão da doenças graves, que não é uma cobertura muito conhecida e também que não têm muitas apólices empresariais. Então quando um funcionário adquire, ele tem a possibilidade de receber uma indenização para um tratamento, para uma segunda opinião médica, então é um custo, é um valor que ele recebe para um custo que ele pode ter gasto, oriundo dessa doença.
[LETICIA] Muito bom. Agora que entendemos que o seguro de vida se enquadra no pilar financeiro dos benefícios, buscando também entender essa importância para a empresa deste tema.
[TELMA] Quando a empresa pensa nos benefícios do colaborador, o pilar financeiro é um dos principais temas para a saúde e o bem-estar desse indivíduo e o seguro de vida se encaixa nesse conceito.
Como o Chico comentou, para o funcionário, a percepção do seguro de vida é maior do que a empresa avalia. Isso mostra que realmente as pessoas estão mais conscientes sobre esse benefício.
Eu entendo Letícia, que tem a ver um pouquinho com o pós-pandemia, onde as pessoas se depararam muito com a morte, com a morte de um familiar muito próximo, com o processo oriundo dessa questão. Então eu acredito que isso tenha tido um peso maior.
As empresas que se preocupam em disseminar a importância do produto e os benefícios que eles oferecem, têm um ganho significativo na percepção do colaborador, inclusive na retenção, porque mostra que a empresa se preocupa com o indivíduo não só no período produtivo, que ele está lá prestando serviço, mas também em momentos de enfermidade ou na perda, dando mais segurança para a família.
[LETICIA] Muito bom, Telma. Obrigada.
Bom, chegamos ao fim de mais um episódio do podcast Saúde e Benefícios, hoje falando sobre o seguro de vida e dos resultados da pesquisa de tendências e benefícios da WTW. Obrigada a todos pela presença.
[FRANCISCO] Queria agradecer também a todos pela audiência a esse podcast e passar para a Telma para as nossas despedidas finais, Telma.
[TELMA] Obrigada, Chico e Letícia por esse bate-papo e pela oportunidade de falarem sobre o seguro de vida.
[LETICIA] E obrigada a todos os ouvintes por nos acompanharem neste episódio. Até a próxima edição do nosso podcast Saúde e Benefícios.
[ANNOUNCER] Obrigado por participar do podcast Saúde e Benefícios.
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