O crescimento acelerado do e-commerce impôs novas exigências ao transporte de mercadorias e à mitigação de riscos. No Brasil, as vendas on-line movimentaram R$ 204,3 bilhões em 2024, impulsionando transformações na logística e na estruturação de seguros voltados ao setor. Empresas que não acompanham essa evolução enfrentam obstáculos cada vez mais complexos para garantir a segurança das cargas e a eficiência das entregas.
204,3
bilhões de reais movimentados em 2024
Com novas dinâmicas operacionais e riscos emergentes, entender esse cenário deixou de ser uma opção e passou a ser uma necessidade estratégica.
A revolução na logística: velocidade e eficiência em foco
A eficiência e agilidade na entrega tornou-se um fator crítico de competitividade. Grandes marketplaces estruturaram redes próprias de distribuição e ampliaram a capacidade de resposta com centros logísticos pulverizados. Temos como exemplo, um dos maiores players de e-commerce do mundo, com atividades no Brasil desde 2019, dobrou seu tamanho em meados de 2024, e seu crescimento foi pautado na expansão do modelo fulfullment, em que o vendedor disponibiliza seu produto antes da venda nos centros de distribuição, encurtando a distância e o tempo de entrega.
E as mudanças não se restringem somente à estrutura física. O transporte, antes dominado por modais tradicionais, incorporou veículos leves, motocicletas, bicicletas e até aviões e drones. O crescimento do delivery urbano e das compras recorrentes exigiu ajustes na rastreabilidade das cargas e na segurança dos condutores, redefinindo a dinâmica dos contratos de seguro e as exigências regulatórias do setor.
O papel fundamental dos seguros na proteção do e-commerce
A expansão da cadeia logística resultou em um aumento proporcional na exposição a furtos, extravios e avarias. O modelo tradicional de seguros para transporte foi reconfigurado para atender ao dinamismo do e-commerce e sua diversidade de modais. A necessidade de cobertura vai além do trajeto da mercadoria, abrangendo períodos de armazenagem e proteção contra riscos operacionais, cada vez mais comuns em centros de distribuição e hubs logísticos.
A busca por maior previsibilidade e equilíbrio na gestão de risco levou à adoção de modelos de cosseguro (quando duas ou mais seguradoras dividem a responsabilidade sobre uma mesma apólice), permitindo uma melhor distribuição dos riscos e garantindo a viabilidade das coberturas. Esse formato ganhou força diante da alta nas taxas de resseguro, impulsionada por eventos climáticos extremos e pela volatilidade econômica global.
O avanço das operações logísticas também exigiu novas estratégias para reduzir a sinistralidade. Monitoramento em tempo real e inteligência artificial aplicada à análise de riscos passaram a ser recursos essenciais para empresas que buscam mais eficiência operacional e controle de perdas.
No mercado de seguros, as coberturas sob demanda ganharam espaço como alternativa estratégica, permitindo ajustes conforme o volume de vendas e a sazonalidade do mercado. Esse modelo responde diretamente à necessidade de flexibilidade do e-commerce e à complexidade da gestão de múltiplos modais de transporte.
O crescimento do e-commerce não é um fenômeno passageiro, mas uma reconfiguração permanente da economia digital—e a eficiência no transporte e na gestão de riscos será um dos principais pilares desse novo paradigma.
O que está em jogo é a capacidade das empresas de antecipar riscos, estruturar operações resilientes e transformar a complexidade do setor em vantagem competitiva. A previsibilidade tornou-se um ativo estratégico, e soluções baseadas em tecnologia, flexibilidade contratual e inteligência de dados são o que diferencia negócios preparados para o futuro daqueles que ainda tentam acompanhar o ritmo.
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